sábado, 30 de junho de 2007

A Competência do Coração


A competência do coração!!

O coração não sente ciúme. O coração só ama. Quem sente ciúme é o cérebro. Por isso se diz que o ciúme é coisa da cabeça da gente. O ciúme é um sentimento tão pérfido que não cabe no coração.
O ódio também é detonado pelo coração, ao contrário do que muito já se disse. O ódio também vem do cérebro. Por isso é que se diz que estamos com a cabeça quente. O coração só ama. Ternura vem do coração. Tolerância vem do coração. Bondade só vem do coração.
Quando alguém trai a quem ama ou estima, é porque o coração foi superado na luta que ele mantém contra os outros órgãos.
Não existe mau caráter original. O caráter só será mau quando o coração não tiver influência sobre ele. E será bom quando o coração o tiver envolvido.
Tanto prova que é corrente a expressão "mau caráter". Mas nunca se ouviu dizer "mau coração".
Porque no coração só cabe coisas boas. A lixeira do homem está em outras partes, algumas bem notáveis do seu corpo. No coração não cabe nem um "argueiro".
O coração é a parte nobre do corpo humano, todas as outras são plebéias, porque se conspurcam. A benção sai do coração, o impropério salta do cérebro. Saudade nasce do coração, rancor vem do cérebro.
Quem dispara a lágrima é o coração. Quem dispara o revólver é o cérebro. E sempre travará a luta, descrita pelos filósofos, entre o cérebro e o coração.
E o incrível é que nesta luta, vença quem vencer, a razão sempre está com o coração. Quando enfrenta o coração, o cérebro perde a razão. "E o coração tem razões que a própria razão desconhece". Razão só tem aquele que tiver coração. Coração só tem aquele que mostrar boa razão.
O cérebro é, portanto, um mero rival do coração. E o homem se corrompe quando o cérebro toma o lugar do coração.
Eu às vezes amo tanto que penso que tenho dois corações, o segundo no lugar do cérebro. Sem cérebro eu enlouqueço de tanto amar, porque só o cérebro pode travar a corrida alucinada do coração para o amor. Daí que quem pensa não ama, e quem ama não pensa.
Se o destino tiver que escolher entre me avariar o cérebro e o coração, que me preserve o coração e dane-se o cérebro. Mil vezes ser um encefalopata do que um cardiopata. Prefiro vegetar como um idiota, mas tonto de amor.

autor: Paulo Sant'Anna

sexta-feira, 29 de junho de 2007

A Chave da Felicidade


A Chave da Felicidade

A chave da felicidade pertence a qualquer pessoa que vê nas pequenas coisas como a vida é bela e boa.
Mudanças das estações, a natureza formosa, as horas douradas do verão ou uma tarde chuvosa.
A música que há no riso, a beleza que há na verdade, a sabedoria da idade, a inocência da mocidade, sonhos que o coração teceu. O ir em frente sem temor, o avançar e o ajudar.
Com orações que são ouvidas e respondidas com amor, os laços de amor que abraçam nossa família, nossos amigos.
A nova chance que nasce, a cada manhã brilhante. A vontade de acertar cada dia mais que antes.
A mão de alguém para segurar, a promessa que cada dia traz.
A chave da felicidade está em coisas assim. Simples demais!
Gente com essa visão positiva. Como você, como eu. Que vêem o bem nos outros e buscam o que é verdadeiro. E você toca os corações, com esse dom que possui, de enxergar a verdade.
Sua visão maravilhosa, da verdadeira felicidade. A felicidade é encontrada pelo caminho e não no fim da estrada. Que o amor sempre faça nosso coração sorrir de felicidade. E que a esperança em nós, faça com que os nossos sonhos se tornem realidade.

(A.D.)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

A Caixinha do Amor


A caixinha do amor

Quando eu era pequenina na cidade grande, uma pessoa muito especial me contou uma história mais ou menos assim:

"O amor é como uma caixinha, onde se coloca e se tira. Quando se dá amor, se tira da nossa caixinha e coloca na caixinha do outro. Quando se recebe amor, se tira da caixinha do outro e coloca na nossa."

Acho que essa foi a melhor explicação que já recebi até hoje do amor.
Se você só recebe e não dá, a caixinha lota e ninguém mais consegue te dar amor.
Se você só dá, chega uma hora que acaba o seu.
Por isso, na vida é importante dar e receber amor.
Nem sempre aquele que recebe de nós é o que nos dá.
Nem sempre damos de quem recebemos.
Mas sempre estamos fazendo troca e reciclando o nosso estoque de amor.
Não deixe sua caixinha esvaziar, nem deixe sua caixinha lotar.
Saiba dar e saiba receber. Coloque amor em tudo que faz, desde o acordar até o dormir, no trabalho, no trânsito, em casa.
As coisas, os detalhes feitos com amor têm outro sabor, tanto para quem faz como para quem recebe.
Coloque amor no seu sorriso pela manhã.
Coloque amor no "Bom Dia" animado.
Coloque amor nos detalhes do dia. Coloque amor nas pequenas coisas, e nas grandes também.
E você verá que sua vida será cheia de realizações, sucesso, alegrias, coisas boas e amor.
Lembre-se de que a felicidade só depende de nós e viva melhor!!!
(A.D.)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A Cada Toque


A cada toque

Permita que a existência o leve,que o perfume de uma flor adoce seu dia, que o frescor da manhã renove seu ânimo e que a simples presença de quem quer que seja possa dar-lhe um pouco de paz, um pouco da realidade amorosa que o Criador desejou para você.
Permita confiar na sua intuição, aprender o perdão, andar sem medo pelas curvas amorosas da compreensão.
Dar a si próprio o cuidado, o apreço, o amor que tanto seu ser necessita e que tanto merece.
O pequeno muitas vezes depende da sua vontade, mas o grande não depende de você, depende do Criador.
Por isso, solte suas amarras e vá ao encontro das coisas que podem realizar sua satisfação, sua alegria em viver, doando-se a cada instante ao que vai em seu coração, a cada toque...
(A.D.)

terça-feira, 26 de junho de 2007

A Arte de Ser Feliz


A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magrose meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

autora: Cecília Meireles

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A Alma dos Diferentes


A Alma dos Diferentes

Ah, o diferente, esse ser especial! Diferente não é quem pretenda ser.
Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros.
Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não agüentar, caso um dia venham a ser.
O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição. O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas.
Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride.
Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade. O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores.
O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo. O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais, de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura.
O que é percepção aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?" O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba incorporando.
Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno, agridem e gargalham.
É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito rotiniza. Sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes.
Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele aprendeu a superar riso, deboche, escárnio,e consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba.
Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nossas moradas estão tesouros da ternura humana.
De que só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois...

autor: Artur da Távola

terça-feira, 12 de junho de 2007

Love


Love

Love
Love is real
Real is love
Love is feeling
Feeling is love
Love is wanting
To be loved
Love is touch
Touch is love
Love is reaching
Reaching is love
Love is asking
To be loved
Love is you
You and me
Love is know-ow-ing
We can be
Love is free
Free is love
Love is living
Living is love
Love is needing
To be loved


autor: John Lennon



quinta-feira, 7 de junho de 2007

Amor e Liberdade


Amor e Liberdade

Você vê uma borboleta e a toma em suas mãos, vê sua beleza e a coloca no seu coração.
Desejando mantê-la consigo, você fecha as mãos em torno dela, com receio de que voe e se vá.
Com grande alegria você pensa: "agora posso tê-la para sempre".
Logo a alegria se vai, pois a beleza da borboleta já não é mais a mesma. Parte de sua beleza era a sua liberdade!
A borboleta sente-se traída. Alguma coisa cruel afastou-a de sua liberdade. Em pânico, ela se debate para libertar-se, apenas fazendo você apertá-la mais forte.
Percebendo como a borboleta deve estar se sentindo, você abre suas mãos. Ela voa novamente para longe, agradecida por sentir-se livre outra vez.
Você, então, pensa em palavras que há muito havia esquecido:
Se você ama alguma coisa, deixe-a livre.
Se voltar, é sua.
Se não voltar, nunca foi.

(A.D.)