Amor, namoro e compromisso
"Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também."
Hoje em dia é comum sair para as baladas com amigos, beber muito e sob efeito do álcool, beijar na boca, abraçar e mais tarde, quem sabe até o sexo sem compromisso. E no outro dia, quando passa o efeito das bebidas e não é preciso agir como quando se está em grupo, essas mesmas pessoas que cantavam euforicamente o refrão acima, passam a se queixar da solidão, da falta de interesse, do descaso e da rejeição com um amigo que se dispõe a ouvir ou se tiver condições financeiras, no consultório de um terapeuta ou psicólogo.
Se estar nas baladas, rodeado de amigos, beber muito, beijar na boca e o sexo sem compromisso parece tão maravilhoso, então por que se queixam?
Como tudo nessa vida, nossas escolhas tem consequências e podem ser boas ou ruins. Se você escolhe viver desse jeito, sem nenhum compromisso, precisa estar preparado para que as pessoas também pensem o mesmo em relação a você. Não ser de ninguém significa namoro, beijo na boca e sexo sem compromisso, mas isso traz as consequências como não receber um telefonema, a incerteza de que está namorando mesmo saindo muitas vezes juntos e principalmente não se importar de ver a pessoa beijando e abraçando outra na sua frente. Afinal, você não é de ninguém e ninguém é seu. É preciso aceitar as consequências da sua escolha. Sua ação tem sempre uma reação e nem sempre é a que você espera ou deseja.
Estabeleceram que namoro e compromisso significam cobranças. E para essas pessoas um relacionamente sério só tem lados negativos. Talvez precisem saber que namorar é algo que vai muito além de só cobranças.
Namorar é cuidar e ser cuidado, telefonar só para dar bom dia ou boa noite, andar de mãos dadas, fazer amor (bem diferente do que transar), um colo para nos aninhar quando nos sentimos tristes, uma mão que seca suas lágrimas e a voz que diz que tudo vai passar e melhorar, fazer e receber carinhos, rir muito e felizes por que estão juntos.
O grande número de separações e divórcios nos levam a pensar que um relacionamento é igual a desilusão e frustrações no futuro. Hoje em dia vivemos com mais liberdade e informações e não somos mais obrigados a viver com alguém até que a morte os separe, como era na época de nossos avós e pais. Temos liberdade para fazer nossas escolhas, mas precisamos ser responsáveis por elas.
Então podemos escolher entre aprender amar se relacionando, trocando experiências, afetos, sensações, sentimentos. Ser verdadeiro, ter coragem de viver esse relacionamento, arriscar e correr atrás da felicidade, doar e receber, deixar a alma pronta e aberta para as surpresas que a vida oferece. Compartilhar os momentos felizes e também os ruins, aprendendo com eles.
A escolha também pode ser beijar na boca, ser de de todo mundo e não ser de ninguém sabendo que isso significa não ter ninguém. Se fechar para as trocas e deixar de crescer como pessoa por causa disso. Estar preparado para a solidão e a aridez emocional que haverá na sua vida.
A escolha é sempre sua. Pense nisso!
Silvia Costa
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