Coração Ai, coração, e agora, o que faço? Você bate tão de mansinho, quase não o ouço. Tão baixinho, tão escondido, não te sinto. Estou de volta a minha solidão. Ela sorri e me abraça. É tão frio seu abraço, tão vazio, E tão cheio de nada. Chove, coração. Está ouvindo? Até parece que a natureza adivinha, Ela é sabia, pois traduz o que estou sentindo. Pois as lágrimas que verti por dentro. Estão lá fora, inundando o mundo. De repente, quem sabe, a chuva que agora ouço. Pode servir de cobertor, aos solitários, aos sem ninguém. E que, por terem a solidão como companheira. E não terem ninguém com quem compartilhar-se. Sentem mais que muita gente, sentem mais profundamente. E agora, coração? Quem vai ouvir o meu grito? E entender o meu pranto? Não existe mais o acalanto. Não existe mais o aconchego. Não existe mais o ombro amigo. E agora, coração, o que faço? Sou forte, mas também sou criança!!! (A.D.) |
sábado, 28 de julho de 2007
Coração
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